Vítima das fortes chuvas que deixaram 291 famílias desabrigadas em fevereiro de 2023, Delma Regina da Silva Santos, de 64 anos, voltou a morar no bairro Lindo Parque, na casa interditada há um ano pela Defesa Civil de São Gonçalo. Passados 355 dias da tragédia, a Secretaria de Assistência Social de São Gonçalo até hoje não pagou o Aluguel Social que a aposentada tem direito de receber.
“Voltei aqui para minha casa porque não tenho onde morar. Depois da tragédia, estava morando de favor na casa de uma sobrinha e lá se vão 355 dias sem receber um tostão do Aluguel Social a que tenho direito. A Defesa Civil condenou minha casa e mesmo assim tive que voltar para cá”, contou Delma.
A princípio, a Prefeitura de São Gonçalo deu nome de Aluguel Social o auxílio habitacional que deveria ser concedido às famílias afetadas pelas fortes chuvas no município por um período de até 12 meses. Pessoas que moravam de aluguem, receberiam por três meses. A previsão para o início do pagamento seria no prazo máximo de 60 dias. A estimativa da equipe técnica do capitão Nelson era que em três meses todos os beneficiários recebessem o recurso financeiro. Coisa que nunca aconteceu, como conta Delma.
“Já perdi a conta das vezes em que estive na Secretaria de Assistência Social, lá na Venda da Cruz. Sempre me diziam que depositariam, prometiam mundos e fundos, e até falar que meus dados cadastrais estavam errado foi falado. Fui lá e acertei tudo o que eles alegaram e continuo esperando meu benefício sair”, afirmou a aposentada.Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo ainda não se manifestou.