A cidade do Rio de Janeiro foi palco da primeira edição do Sarau Cultural do Comitê de Cultura, um programa do Ministério da Cultura, no último domingo, dia 02 de fevereiro, no bairro Jardim Sulacap. O evento reuniu expressões literárias e artísticas diversas, destacando a riqueza da matriz africana na cultura brasileira, além é claro, do nosso carnaval. Realizado na sede do Comitê, o evento contou com a presença da secretária estadual de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, que abriu o evento que teve uma programação extensa e plural, atraindo um público apaixonado pela literatura, poesia, música e manifestações culturais periféricas.
No evento, Danielle Barros que destacou a importância do Sarau para a valorização da cultura e da literatura produzida nas periferias, além do fortalecimento das expressões culturais de matriz africana.
“As rodas de conversa foram muito potentes e muito nos emocionou, pelas histórias e vivências compartilhadas. Esse projeto é uma bela iniciativa, principalmente pelo título do Rio que é ser Capital Mundial do Livro”, destacou a secretária.
A programação teve início com a apresentação de Thiago Thomé, que falou sobre sua experiência com a literatura e apresentou seu mais novo trabalho, que é o livro “E Se Desse para Denegrir?”. Logo depois, foi a vez da Academia Brasileira de Letras do Cárcere, que trouxe seu idealizador, Siro Darlan e mais dois autores para compartilhar suas vivências e produções literárias.
A presença da Academia dos Imorríveis, vinculada à Universidade das Quebradas – ABL, também foi um dos momentos de destaque, proporcionando um espaço de reflexão e resistência através das palavras. O evento também trouxe um importante momento de incentivo à leitura, com um sorteio de livros promovido pelo Grupo Editorial Record e uma palestra inspiradora do professor e escritor Luiz Rufino, que destacou seu novo livro Cazuá.
A Academia Brasileira de Artes Carnavalescas, também marcou presença representada por Wallace Souza, coordenador de workshops da instituição. A Festa Literária das Periferias (FLUP) levou autores convidados, para apresentar seu livro “Laroyê – cartas para Exu”, reforçando o protagonismo das vozes marginalizadas no cenário literário.
E a animação do Sarau ficou com a Unidos de Padre Miguel, que trouxe a vibração do samba para o evento, promovendo um encontro entre literatura e carnaval. No final da noite, a cena poética ganhou espaço com as apresentações do Grupo Poético “Entrou por uma Porta” e artistas independentes, como Reinaldo Santana, Marcelo Gularte, Poeta Xandu e Elisabeth Manja.
A primeira edição do Sarau Cultural do Rio de Janeiro se consolidou como um marco na cena cultural da cidade, reunindo arte, literatura e resistência em um mesmo espaço. Com um público engajado e uma programação de alta qualidade, o evento reforçou a necessidade de iniciativas que valorizem a cultura popular e as narrativas periféricas.
“A expectativa agora é de que novas edições sejam realizadas, ampliando o alcance e o impacto desse movimento que celebra a diversidade cultural e a potência da arte como ferramenta de transformação social”, frisou Beatriz Brandão, coordenadora geral e executiva do Comitê de Cultura do Rio de Janeiro.
