Moradores temem nova chuva em São Gonçalo

Terreno baldio vira lixão em Nova Cidade e ao lado um rio não recebe limpeza há mais de dez anos

Usado como lixeira, um terreno baldio, que fica na Rua General Alcio Souto, no bairro Nova Cidade, em São Gonçalo, vem causando medo aos moradores da região. Segundo um comerciante e uma artesã, residentes da localidade, a área está abandonada e repleta de sacos de lixo, entulho, moscas e muitos ratos. Além do problema, um rio não recebe visita da administração municipal desde o governo Aparecida Panisset, que esteve à frente da Prefeitura por dois mandatos e comandou o município de 2005 a 2012.

Veja vídeo:

“Moro aqui há 30 anos e sempre soube que este terreno é de um falecido das Minas Gerais. Acontece que o herdeiro, mora em Botafogo e não se preocupa muito com a propriedade. Sofremos muito com isso, pois é um cheiro insuportável, já que os comércios locais descarregam carne estragada, ossos de animais, produtos vencidos e, além disso, entulhos e animais mortos são deixados no local. Infelizmente, ninguém tem feito nada para resolver a situação, e isso vem afetando minha padaria”, explicou Josuel Melo, 58 anos, comerciante, dono da Padaria e Mercearia Pão da Vida.

Outra reclamação é o valão a céu aberto que passa ao lado do terreno abandonado. Para o comerciante, basta chover para a rua virar um ‘mar’ de lixo que dificulta a vida dos moradores.

“Apenas no governo da ex-prefeita Aparecida Panisset que esse valão era dragado. Os governos passados, nunca fizeram nada. Este atual, o do capitão Nelson, nunca esteve aqui, a não ser alguns funcionários da Prefeitura de São Gonçalo que vêm aqui, às vezes cortam o mato, varrem a rua, e vão embora”, criticou o comerciante.

Já a artesã Miriam Caetano, de 37 anos, nascida e criada no bairro, diz que já ‘jogou a toalha’ nesta luta que trava contra pessoas que jogam lixos no terreno e no valão.

“Nem sei mais o que fazer. Já perdi as contas das vezes que pedi para não jogarem lixo no terreno e no valão. Mas não sou ouvida. Infelizmente, pois as pessoas deveriam zelar pelo bem-estar dos moradores locais. Mas não! Muitas pessoas jogam lixo neste terreno abandonado sabendo que há coleta de lixo três vezes na semana aqui”, criticou a artesã.

Além de criticar os moradores que comentam crime ambiental e não pensam no próximo, Miriam Caetano faz um pedido: “Acho que em São Gonçalo poderia ter um projeto para ter fiscalização nesses terrenos abandonados e aplicar multa. Além de crime ambiental, nossa saúde está sendo colocada em risco”, lamentou.

Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo foi questionada sobre a multa que deve ser aplicada aos donos que não cuidam dos terrenos. Até o fechamento desta matéria, não obtivermos respostas.

Já sobre a limpeza e desassoreamento do rio da Rua General Alcio Souto, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que iniciou no dia 13 de janeiro, por meio do Programa Limpa Rio, limpezas e prevenção de rios e canais de São Gonçalo, ainda não nos respondeu.

Marcos Vinicius Cabral

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