A Prefeitura de Maricá, por meio da Fundação Estatal de Saúde (Femar) e as secretarias de Saúde e Educação, simbolizou o Dia Mundial do Diabetes (14/11) com uma atividade coletiva no CAIC Elomir Silva, em São José do Imbassaí, onde professores, alunos e profissionais de saúde dialogaram sobre o assunto. Cerca de 40 pessoas participaram da ação de conscientização, com falas sobre o impacto de hábitos saudáveis e atividades físicas para evitar o diabetes, as diferenças entre os tipos da doença e os tratamentos existentes. Outro ponto de destaque foi a importância de evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar ou embutidos, que trazem diversos riscos ao bem-estar.
Na roda de conversa “Educação em Diabetes na Escola”, o público presente também pôde esclarecer dúvidas, afastar estigmas ligados ao diabetes e também conhecer os serviços disponibilizados pela Unidade de Saúde da Família (USF) São José 1, que atende os moradores da região. Com isso, os cuidados oferecidos pela USF se aproximaram da população e da comunidade escolar local, o que é fundamental para ampliar as ações de prevenção e promoção à saúde na região.
Marília Guedes Lima, da Área Técnica de Doenças Não Transmissíveis da Femar, apresentou uma história sobre a rotina de uma criança que vive com diabetes tipo I na iniciativa. Ela ressaltou o impacto da atividade para ampliar o conhecimento sobre a doença.
“Trabalho na área das doenças crônicas não transmissíveis, onde temos a hipertensão, o diabetes e a obesidade. Essas doenças possuem fatores de risco que buscamos reduzir, como o tabagismo e o alcoolismo. Por isso, nessa atividade, trouxemos a equipe multiprofissional da Unidade de Saúde da Família (USF) São José 1, mostrando que, em muitos casos, o melhor é procurar a USF do seu bairro, que está perto de casa. Esses espaços estão preparados para atender a população e prevenir doenças, o que é essencial”, afirmou.
Clicia Moraes, orientadora educacional da Secretaria Municipal de Educação, falou sobre a importância do trabalho preventivo e de esclarecimento sobre o diabetes
“O diabetes surgiu na minha vida através da minha filha, que teve o seu diagnóstico aos 12 anos, e das dificuldades que ela enfrentou quanto a isso na escola. Muitos educadores não tinham conhecimento nessa área, mas hoje temos um programa de educação em diabetes em todas as escolas de Maricá. Esse é um trabalho pioneiro de orientação e informação, onde mostramos como cuidar do diabetes e direcionar o tratamento do aluno no período escolar”, acrescentou.
Conscientização e cuidado
O momento de diálogos intersetoriais também contou com apresentação sobre o diabetes tipo 2 por Gabriella de Medeiros Abreu, doutora em Genética e pesquisadora sobre tipos de diabetes raros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, a podóloga Adriana Costa abordou os cuidados com os pés, principalmente aos indivíduos que possuem diabetes.
É importante lembrar que a porta de entrada para cuidados relacionados ao diabetes é a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, que atende a região de moradia. No local a pessoa será acolhida, avaliada, atendida e encaminhada para tratamento específico, se necessário. Nesses espaços, também é possível participar de ações de promoção e educação em saúde diversas.
O diabetes pode apresentar diversos sinais. No caso do tipo 1 da doença, os sintomas incluem perda de peso, além de urina, fome e sede em excesso. Já o tipo 2, que é mais comum após os 40 anos, possui sinais mais silenciosos, mas alguns deles são visão turva, fome exagerada, formigamento nos pés, má cicatrização de feridas e infecções frequentes. Para evitar a doença, mantenha uma alimentação saudável, pratique exercícios físicos e evite bebidas alcoólicas e o cigarro.